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			COMUNIDADE ECOLÓGICA 
			DO PANTANAL 
			
			Autor: Felipe Porto 
			
			Apresentação: 
			1) – DAS 
			ORIGENS: 
			 
			A proposta de criação da Comunidade Ecológica do Pantanal tem 
			origens remotas na velha aspiração da cidade de Corumbá, junto com 
			sua vizinha Ladário, hoje pertencentes ao Estado de Mato Grosso do 
			Sul, de formarem uma unidade federativa independente, desde muito 
			antes da Divisão de Mato Grosso, efetivada em 1979.  
			 
			Corumbá é hoje a terceira mais populosa cidade de MS, sendo o mais 
			antigo município do Estado, do qual, até a primeira metade do século 
			XX, era sua mais importante metrópole comercial e política, a ponto 
			de, no princípio do século passado, ter sediado temporariamente a 
			Assembleia Legislativa de Mato Grosso, apesar de oficialmente a 
			Capital ser em Cuiabá.  
			 
			Como mais importante porto do Estado, sendo o terceiro mais 
			importante do país, atrás apenas de Santos e Manaus, Corumbá era a 
			porta de entrada e de saída de todo tipo de mercadorias através do 
			Rio Paraguai, como ponto final de embarcações de calado oceânico, 
			interligando-a às demais metrópoles da Bacia do Prata, tais como Asunción, Buenos Aires e Montevideo (utilizamos aqui as grafias 
			originais de cada país).  
			 
			O município de Corumbá, com 65 mil quilômetros quadrados, é o mais 
			extenso do Estado, representando quase 20 por cento da área total de 
			Mato Grosso do Sul, sendo considerado ainda um dos maiores 
			municípios do mundo, com uma extensão territorial maior que a de boa 
			parte dos países existentes.  
			 
			Seus limites abrangem diversos municípios de Mato Grosso e Mato 
			Grosso do Sul, além de ter fronteiras com a Bolívia e Paraguay. 
			Situada no coração do Pantanal Mato-grossense, é conhecida e 
			denominada justamente como “Capital do Pantanal”. Esta importância 
			estratégica fez com que durante a Guerra do Paraguay (1864-1870), a 
			cidade fosse tomada pelas forças de Solano López, sendo Retomada no 
			dia 13 de Junho de 1867 (feriado estadual em MS).  
			 
			A arquitetura da cidade, tombada pelo Patrimônio Histórico, guarda e 
			testemunha este passado histórico, sendo diferente de tudo que se 
			conhece no Brasil, com suas características semelhantes às demais 
			metrópoles da Bacia do Prata, como Asunción, Buenos Aires e 
			Montevideo. Devido sua posição estratégica, a região chegou a contar 
			com seis fortalezas, das quais ainda sobrevivem os Fortes Coimbra e 
			Junqueira. 
			 
			Apesar de toda essa influência estrangeira, Corumbá é, ao contrário 
			do que seria de se esperar, como única cidade brasileira perdida e 
			reconquistada em batalhas (Porto Velho ainda não era oficialmente 
			Brasil, quando tomada dos bolivianos), onde se defendeu bravamente a 
			nacionalidade brasileira a ferro, fogo e sangue de seus ancestrais, 
			sendo arrasada e reconstruída. Após a Guerra do Paraguay, Corumbá 
			renasceu para conquistar a liderança de uma vasta região do interior 
			da América do Sul, incluindo partes da Bolívia e Paraguay, situação 
			que ainda prevalece mesmo diminuída em comparação aos tempos 
			áureos. 
			 
			No início do século passado, chegou a ter 25 agências de bancos 
			internacionais e mais de uma dezena de Consulados, especialmente 
			europeus. Chegou a ser apelidada de “pequena Babel”, pois ali se 
			falava os mais diferentes idiomas, a ponto de, a certa altura, ser o 
			português o menos fluente na região, pois a cidade foi a porta de 
			entrada de diversas grandes famílias estrangeiras hoje espalhadas 
			pelo Brasil. Ainda hoje, é o mais importante centro urbano 
			brasileiro situado na imediata fronteira com os países da América do 
			Sul.  
			 
			Com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, 
			vindos de São Paulo cortando o sul do então Matto Grosso até chegar 
			à margem esquerda do Rio Paraguai, no hoje distrito corumbaense de 
			Porto Esperança, em 1914, a cidade entrou em declínio, sendo 
			transformada de “portal de Matto Grosso” para “quintal” do Estado, 
			já que antes a única ligação com o resto do Brasil e o mundo era 
			através da navegação pelo Rio Paraguai e a cidade erai o maior porto 
			e centro comercial da região.  
			 
			Solapada em sua vocação natural como centro de navegação e comércio, 
			Corumbá viveu desde então um êxodo de seus maiores comerciantes, 
			muitos dos quais foram construir a prosperidade da então vila de 
			Campo Grande, hoje Capital de MS. Sua população também entrou em 
			diáspora, restando hoje em torno de 100 mil habitantes, quando 
			deveria ter, caso fosse mantido o progresso do começo do Século XX, 
			pelo menos 1,5 milhão de moradores. Durante a década de 70, a 
			população local chegou a regredir numericamente, pois esse processo 
			imigratório na verdade nunca mais cessou, até estancar nas últimas 
			décadas.  
			 
			A cidade conseguiu sobreviver com sua economia baseada na pecuária, 
			(possuindo cerca de 1,5 milhões de cabeças de gado), mineração (com 
			a exploração de uma das maiores reservas de minério de ferro e 
			manganês do mundo, a Serra do Urucum), indústrias siderúrgicas, 
			fábrica de cimento, exportação para a Bolívia e mais recentemente 
			como porto exportador de cereais (a vizinha Bolívia é hoje a 7ª. 
			maior exportadora mundial de soja, graças à presença maciça de 
			agricultores brasileiros), com a travessia do gasoduto 
			Bolívia-Brasil (que entra no Brasil através do município) e 
			principalmente com o Turismo, este em franca expansão da atualidade 
			(tendo como atrações a beleza natural, pesca no Pantanal, patrimônio 
			histórico, festas folclóricas, eventos culturais, compras nas 
			cidades bolivianas próximas, entre outras). 
			   
			Em primeiro plano, Ladário, 
			ao centro Corumbá e ao fundo as cidades bolivianas próximas. 
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			Atualmente, Corumbá é sede 
			de uma área “metropolitana” de aproximadamente 200 mil habitantes, 
			conurbada com a vizinha (e 19 dias mais antiga) cidade de Ladário e 
			praticamente o mesmo com as cidades bolivianas de Arroyo Concepción, 
			Puerto Quijarro e Puerto Suárez, capital da Província Germán Busch, 
			situada a cerca de 20 quilômetros de distância. Com efeito, boa 
			parte de sua população é de origem boliviana. Ao Sul, o município 
			faz divisa com o Paraguay através de larga faixa do Rio Paraguai, 
			possuindo também uma grande colônia paraguaia. Isso mostra a vocação 
			internacional de Corumbá, como maior centro urbano da região dessa 
			tríplice fronteira. 
			 
			A Divisão MT-MS foi extremamente injusta com Corumbá e Ladário, 
			riscando e dividindo o Pantanal de forma inconsequente, já que se 
			constitui um único ecossistema, uma única bacia hidrográfica, um 
			único clima, uma mesma amálgama étnica e inclusive linguística (com 
			influência da língua nativa Guarany, especialmente no campo e nas 
			tribos), com os mesmos costumes, cultura, folclore, gastronomia, 
			grupos indígenas, história, origens e tudo mais que representa uma 
			verdadeira e indivisível Identidade Pantaneira. 
			 
			Em duas ocasiões a criação do Estado do Pantanal esteve prestes a 
			acontecer. Na primeira delas, em 1991, o Deputado Federal 
			corumbaense Elísio Curvo tinha o compromisso pessoal assumido pelo 
			então Presidente Fernando Collor de assinar a criação do Estado 
			Pantanal, mas seu impeachment acabou impedindo que isso se 
			concretizasse. Em 2003, o Deputado Federal Fernando Gabeira (PV-RJ), 
			apresentou um Projeto de Lei semelhante, em função do que foram 
			inclusive realizadas consultas públicas em diversas cidades de MT e 
			MS, com objetivo de se realizar um plebiscito na região, mas a 
			ideia, logicamente, não teve o apoio político regional necessário, 
			principalmente em função da quebra da 
			identidade regional imposta pela Divisão de MT, ocorrida 
			cerca de 30 anos antes. 
			 
			O antigo e nunca esquecido sonho de Corumbá e Ladário, juntamente 
			com outros municípios Pantaneiros, de formarem uma unidade 
			independente de MT e MS, dentro da Federação, que já era 
			algo distante, torna-se cada dia mais uma utopia, indo inclusive contra a 
			tendência mundial que caminha exatamente para o rumo inverso, com a 
			integração e a derrubada de fronteiras comerciais e até mesmo 
			nacionais, como é o caso da Comunidade Europeia, da ALCA e do 
			próprio MERCOSUL.  
			 
			Mas é exatamente dentro desse sistema moderno em que se fundamenta a 
			formação das comunidades transnacionais que renascem as esperanças 
			de Corumbá e Ladário de alcançarem o resgate do justo merecimento 
			pela importância histórica, promovendo a reunificação da Identidade 
			Pantaneira, através da formação de uma Comunidade Ecológica do 
			Pantanal, entidade internacional e interestadual cuja sede, ou 
			capital natural, não poderia ser outra senão Corumbá, situada 
			próxima a uma cadeia de montanhas que representa uma verdadeira ilha 
			no centro geográfico dessa região que se pretende alcançar, integrar 
			e beneficiar com este Projeto. 
			 
			2) – DOS FUNDAMENTOS: 
			 
			É fato que, em função do estado de degradação do meio ambiente a que 
			chegou a Humanidade nas últimas décadas, a preservação da natureza 
			assume hoje a importância prioritária, como norteadora de todas as 
			ações sociais, econômicas e políticas em todo o mundo, tendência 
			essa que – acreditamos - está apenas em processo de início de 
			conscientização e aplicação, citando como exemplos o Protocolo de 
			Kioto, as conferências mundiais sobre meio-ambiente, a atuação das 
			ONGs ambientalistas, os Créditos de Carbono, as fontes de energia 
			alternativa e outras iniciativas em grande destaque na atualidade, 
			em todo o mundo.  
			 
			A criação da Comunidade Ecológica do Pantanal se justifica pela 
			necessidade de integração macrorregional e de unificação de todas as 
			políticas e legislações ambientais nos estados e países envolvidos, 
			com a finalidade de garantir um desenvolvimento econômico e social 
			sustentável, dentro de políticas unificadas e uniformes aplicadas em 
			toda a região, tendo como premissa a preservação ecológica desse 
			complexo e já bastante prejudicado ecossistema, um dos mais ricos do 
			mundo, declarado Patrimônio Nacional pela Constituição de 1988 e 
			Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera pela UNESCO.  
			 
			Esta entidade internacional e interestadual reunirá esforços de 
			governos nacionais, estaduais, municipais e seus correspondentes na 
			Bolívia e Paraguay, ou seja, as administrações dos governos 
			centrais, departamentais, provinciais, municipais e das alcaldías 
			que formam geográfica e hidrograficamente o Grande Pantanal, que 
			envolve vastas regiões do chamado Chaco Boreal Paraguayo e o 
			Tacuaral ou Chaco Boliviano, este ultimamente já tendo assumido a 
			denominação de Pantanal Boliviano.  
			 
			No Brasil, devido à visão geocêntrica de sua supremacia territorial, 
			econômica e política, criou-se a impressão de que o Pantanal existe 
			apenas no lado brasileiro. Entretanto, o mesmo não está limitado 
			apenas à margem direita do Rio Paraguai: o verdadeiro Pantanal se 
			estende, abrange, ou melhor, integra vastas regiões limítrofes da 
			Bolívia e Paraguay, hoje politicamente separadas (embora unificadas 
			étnica, geográfica, linguisticamente, etc.), conforme se verifica na 
			imagem a seguir. 
  
			
Imagem de satélite mostra o centro da América do Sul e o 
Pantanal: Brasil, Bolívia e Paraguay. 
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Mesmo assim, a criação da Comunidade Ecológica do Pantanal haverá de ter como 
base territorial não apenas os municípios cujo ecossistema apresentam 
características tipicamente Pantaneiras e sim, sua amplitude deverá, 
obrigatoriamente, ter como abrangência os territórios cuja drenagem fluvial 
tenha como desaguadouro natural os rios que formam a Bacia do Prata, ou mais 
exatamente, a Bacia do Rio Paraguai.  
 
Isto porque a unificação de todas as políticas ambientais visando à preservação 
e o desenvolvimento sustentável do Pantanal, não pode prescindir de medidas 
ecológicas que abranjam, inclusive, desde as cabeceiras de todos os rios que 
correm para o interior da América do Sul, já que a preservação, por exemplo, das 
matas ciliares é um dos fatores determinantes para manutenção da perenidade dos 
rios Pantaneiros. Consequentemente, isto será a base de qualquer sistema 
eficiente de conservação da fauna e flora macrorregionais que se conceba, com 
consequências no próprio clima regional e até planetário, afinal trata-se da 
maior planície alagável do mundo.  
 
Como exemplo, destaca-se o caso da região agrícola de Mato Grosso do Sul, 
situada nos altos do Planalto Brasileiro e acima da Serra da Bodoquena, cujos 
rios correm em direção ao Pantanal. A devastação ocorrida nas matas ciliares de 
municípios como São Gabriel d’Oeste, Rio Verde, Coxim, Sonora e outros que 
viveram a explosão da agricultura nas décadas passadas, ocasionou o completo 
assoreamento do Rio Taquari, um dos mais importantes do Pantanal. Antes 
navegável em quase toda extensão, o Taquari está hoje reduzido a bancos de 
areia, desalojado de sua calha natural, enquanto suas águas invadem, inundam e 
inutilizam centenas de fazendas antes dedicadas à criação de gado, a única 
alternativa econômica que sempre conviveu razoavelmente com o ecossistema 
regional. 
			
  
			
Mapa da Bacia do Rio Paraguai, abrangendo partes de MS, 
MT, Bolívia e Paraguay. 
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3) – DA ESTRUTURA: 
			
A Comunidade Ecológica do Pantanal será uma entidade 
jurídica com autonomia financeira e administrativa com abrangência em todos os 
municípios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul que formam a região do Pantanal 
Mato-grossense e cujos rios formam a Bacia do Rio Paraguai. Deverá incluir no Paraguay os Departamentos de Alto Paraguay, Boquerón, Presidente Hayes, 
Concepción e San Pedro. Na Bolívia, as Províncias de Chiquitos, Germán Busch, 
Cordillera e Ángel Sandóval, integrantes do Departamento de Santa Cruz de la 
Sierra, região conhecida como Oriente Boliviano. 
			
Seu objetivo fundamental é integrar, unificar e 
padronizar as legislações ambientais existentes e propor aperfeiçoamentos, de 
forma a assegurar um desenvolvimento sustentável através das políticas públicas 
e privadas que envolvam toda a região. Também deverá promover as reais vocações 
econômicas regionais, incentivando-as sob a ótica da preservação do 
meio-ambiente. Como finalidade máxima, deverá pesquisar, preservar, estimular e 
valorizar a IDENTIDADE REGIONAL, manifesta na forma de laços étnicos, culturais, 
folclóricos, artesanais, linguísticos, gastronômicos, entre outros. 
			
Terá como Capital geográfica e administrativa a cidade 
de Corumbá, Mato Grosso do Sul, onde deverá ser construída uma sede onde serão 
instalados gabinetes dos representantes indicados por pelos Países 
constituintes, Estados, Municípios brasileiros e Departamentos, Províncias e 
Alcaldías da Bolívia e Paraguay, que ocuparão as cadeiras da Assembleia, 
Conselho ou Congresso Pantaneiro, junto com um Centro de Convenções onde serão 
realizadas as Grandes Assembleias mensais no último final de semana de cada mês. 
Inclusive, Corumbá já conta com um Centro de Convenções moderno, mas não 
suficientemente amplo, que poderia ser usado até que uma sede definitiva fosse 
construída (além de já possuir uma razoável rede hoteleira, ociosa em boa parte 
do ano). 
			
Organicamente, o Congresso Pantaneiro terá 
representantes com cadeiras e poder de voto indicados nas seguintes categorias: 
			
a) – Governos Nacionais: representantes de Ministérios 
do Meio-Ambiente, órgãos fiscalizadores, Fundações e Institutos ambientais de 
alcance nacional do Brasil, Bolívia e Paraguay; 
			
b) – Governos Estaduais: representantes de Secretarias 
de Meio-Ambiente, Polícias Florestais, Fundações, Institutos e demais órgãos 
ligados à ecologia, de MS, MT, Províncias e Departamentos do Paraguay e da 
Bolívia; 
			
c) – Governos Municipais: representantes das 
Secretarias, Fundações, Institutos e demais órgãos ligados à ecologia, de todos 
os municípios de MT, MS, bem como de todas Alcaldías dentro da região na Bolívia 
e Paraguay; 
			
d) – ONGS: Organizações Não Governamentais de 
reconhecida atuação e efetiva participação no processo de preservação ambiental 
no território abrangido pela Comunidade; 
			
Em outra categoria, como observadores e colaboradores 
independentes, mas sem poder de voto, atuando como fornecedores de subsídios, 
estudos e sugestões: 
			
a) – Representantes de entidades internacionais, a 
exemplo da ONU, UNESCO, Comunidades Econômicas e outros. 
			
b) – Representantes de ONGs e entidades de alcance 
mundial na preservação do meio-ambiente. 
			
c) – Representantes ligados a Partidos Políticos 
compromissados com o meio-ambiente; 
			
Cada um dos países envolvidos, Brasil, Bolívia e 
Paraguay, terá sua sede regional da Comunidade e do Congresso Pantaneiro, sendo 
legítima e natural a escolha de Puerto Suárez na Bolívia e Fuerte Olimpo no 
Paraguay, onde se reunirão semanalmente os representantes regionais de cada 
país, debatendo e apontando pautas de negociação ou aprovação para a Assembleia 
Geral no final de cada mês em Corumbá. 
			
O Estado de Mato Grosso terá como sede estadual da 
Comunidade Ecológica do Pantanal, a cidade de Cáceres, situada em pleno 
Pantanal, cuja legitimidade se acentua pelos laços históricos e culturais que 
mantém com a Bacia Prata, estando também situada às margens do Rio Paraguai. 
			
O Estado de Mato Grosso do Sul terá como sede regional a 
cidade de Miranda, por estar em pleno Pantanal e a uma distância equilibrada com 
relação aos demais municípios do Pantanal e integrantes da Bacia do Rio 
Paraguai, tais como Aquidauana, Anastácio, Porto Murtinho, Bela Vista, Guia 
Lopes, Jardim, Bonito, Bodoquena, Rio Negro, Rio Verde, Coxim, Dois Irmãos do 
Buriti, Terenos e outros. Devido à amplitude do Pantanal no lado brasileiro, 
poderia ser proposta a criação de subsedes regionais, tais como Porto Murtinho, 
Coxim (MS) e Barão de Melgaço (MT), ou ainda que cada cidade tivesse seu próprio 
núcleo ativo da Comunidade. 
			
Estima-se que com as diversas categorias de 
representantes com cadeira e voto na Assembleia Geral, o Congresso Pantaneiro 
deverá ter cerca de 300 membros indicados pelos países, estados, províncias, 
municípios e ONGs da região. 
			
Trata-se de um projeto autossustentável financeiramente 
cujo ônus para o Governo Brasileiro será praticamente nulo, já que cada 
representante terá sua remuneração e demais despesas bancadas e diluídas pelos 
próprios Governos, Prefeituras e demais entidades envolvidas. 
			
Será necessária a construção de uma sede permanente do 
Congresso Pantaneiro, com previsão de pelo menos 300 gabinetes, com ocupação 
para dois funcionários cada, sendo um(a) secretário(a) e um(a) chefe de 
gabinete, o que vai gerar cerca de 600 empregos diretos em Corumbá, a Capital da 
Comunidade. Estes recursos serão custeados pelos respectivos Governos Nacionais, 
Estaduais e Municipais, e seus equivalentes no Paraguay e Bolívia, além de 
organismos internacionais com representantes indicados por eles. 
			
A Capital terá com isso, a criação de um “evento” fixo 
que é a reunião mensal para a Assembleia Geral, fato que vai gerar o trânsito de 
pelo menos 600 visitantes (300 representantes e seus assessores) todo final de 
mês, injetando na economia local uma forte circulação de dividendos e 
dinamizando o Turismo regional, bem como a criação de milhares de empregos 
indiretos. 
			
Além disso, este projeto significa um forte incentivo à 
arte, artesanato, cultura, folclore e mesmo esporte, com a realização de eventos 
paralelos durante a semana que antecede e se encerra com a Assembleia Geral, 
estimulando o desenvolvimento e divulgando os produtos típicos regionais. 
			
4) – DOS ANTECEDENTES E 
JUSTIFICATIVAS PARA A CAPITAL 
			
A Comunidade Ecológica do Pantanal terá como objetivo 
máximo no território brasileiro, a criação de uma Superintendência do 
Desenvolvimento do Pantanal – SUDEPAN, entidade que sucederia e substituiria o 
extinto PRODEPAN – Programa de Desenvolvimento do Pantanal (que funcionou entre 
1974 a 1978 - 
clique aqui para ver texto em anexo) como consequência da desativação da SUDECO – Superintendência do 
Desenvolvimento do Centro-Oeste. 
			
Durante a vigência do PRODEPAN, Corumbá foi sede dessa 
organização que reuniu 26 dos municípios de Mato Grosso (ainda antes da Divisão 
de MT), envolvendo em seu território de abrangência o equivalente a 59% da 
população do Estado ainda uno. 
			
O PRODEPAN foi o sucessor natural do CIDEPAN, Consórcio 
Intermunicipal para o Desenvolvimento do Pantanal, criado em 1971. Contava com a 
participação inicial de quinze municípios do Pantanal, tendo participado do 1º 
Encontro do PRODOESTE, que contou, também, com a presença do então Ministro Reis 
Veloso, responsável pela formação de um Grupo de Estudos para um Programa de 
Desenvolvimento do Pantanal, constituído por representantes do Ministério do 
Planejamento, do Governo estadual, municípios e entidades regionais. 
			
O primeiro presidente do CIDEPAN foi o então prefeito de 
Corumbá, Acyr Pereira Lima (1971-1974), fato que reafirma a liderança natural e 
indiscutível desta cidade em toda a região do Pantanal. A Divisão de Mato 
Grosso, efetivada em 1979, com a separação do Território Pantaneiro, foi uma das 
causas da dissolução ou pelo menos, a dispersão das iniciativas regionais 
integradas. O objetivo maior deste projeto é, portanto, de reunificação e 
integração macrorregional, agora com uma visão e alcance internacional, seguindo 
a tendência mundial das Comunidades Econômicas, desta feita tendo tudo para ser 
a primeira no mundo voltada para Ecologia, modelo que poderá ser replicado com 
relação à Amazônia (com a criação da Comunidade Ecológica da Amazônia, com sede 
em Rio Branco do Acre). 
			
  
  
			
Corumbá: desde sempre, a Capital natural da região do 
Pantanal. 
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Adendos: 
			
Em 2005 foi firmada a “Carta de Poconé”, entre os cinco 
países que integram o sistema dos Rios Paraguai e Paraná: Argentina, Brasil, 
Bolívia, Paraguay e Uruguai. A Carta prevê ações para a conservação e o 
desenvolvimento sustentável de forma integrada da Bacia do Prata. Também, a 
conformação de um GT (Grupo de Trabalho) com membros de todos os países 
envolvidos, propondo as principais atividades do grupo. Mais de 20 milhões de 
pessoas vivem dentro das Bacias dos Rios Paraguai e Paraná, maior sistema 
hídrico da América do Sul. 
			
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Segundo a WWF, 
existem no Pantanal 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 260 de peixes e 50 de 
répteis. É uma região de grande importância para preservação da biodiversidade, 
considerada um dos maiores centros de reprodução da fauna da América. Já foram 
catalogados ali mais de 263 espécies de peixes, 122 espécies de mamíferos, 93 
espécies de répteis, 1.132 espécies de borboletas, 656 espécies de aves e 1.700 
espécies de plantas. 
			
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Links para pesquisa: 
			
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pantanal 
			
http://es.wikipedia.org/wiki/Chaco_Boreal 
			
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corumbá 
			
http://en.wikipedia.org/wiki/Paraguay 
			
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bolívia 
			
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Cruz_(departamento) 
			
Brasília – DF, 21 de Setembro de 2007 
			
FELIPE PORTO 
			
Jornalista, Escritor, Terapeuta, Empresário e ativista 
de Direitos Humanos 
			
Contatos: (61) 9221-0058 (celular), 3226-0003 
(escritório) ou 3322-8060 (loja) 
			
E-mail: 
felipeporto.com@gmail.com 
			
Referências pessoais: 
			
www.portaldf.com.br/credenciais 
			
Blog pessoal: 
www.felipeporto.com.br 
			
Perfil no Facebook:
www.facebook.com/Felipe.Porto.11 
			
Rede Pantanal On-Line (lista de páginas e grupos):
www.facebook.com/Rede.Pantanal.On.Line 
			
(Rede Pantanal On-Line é um "pool" de mais de 30 sites e 
blogs, mais de 50 páginas e mais de 100 grupos no Facebook, alcançando (janeiro 
de 2013) mais de 33 milhões de pessoas, criado pelo autor deste Projeto. Confira 
algumas páginas clicando sobre as imagens específicas desta publicação) 
			
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“Pela reunificação da Identidade Pantaneira” 
			
  
  
  
 
Paraguay - Brasil - Bolívia 
			
  
  
 
Mato Grosso do Sul - Mato Grosso 
			
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COMUNIDADE ECOLÓGICA DO PANTANAL - REPERCUSSÃO EM 
POUCOS DIAS APÓS O LANÇAMENTO: 
 
JORNAL
CORREIO DE CORUMBÁ: 
http://correiodecorumba.com.br/jornal/index.php/ver_categoria/categoria/pequenas_noticias 
http://correiodecorumba.com.br/jornal/index.php/ver_versao_impressa/territorio_ecologico_do_pantanal/ 
http://correiodecorumba.com.br/jornal/index.php/ver_versao_impressa/injustica_cometida_contra_elisio_curvo/ 
http://correiodecorumba.com.br/jornal/index.php/ver_versao_impressa/elisio_curvo_se_manifesta/ 
 
SITE DO
PARTIDO VERDE: 
http://www2.pv.org.br/noticia.kmf?noticia=8258149&canal=253 
http://pv2.interjornal.com.br/noticia.kmf?noticia=8258149&canal=253&total=20620&indice=0 
http://pv2.interjornal.com.br/noticia.kmf?noticia=8258149&canal=253&total=24702&indice=10 
 
SITE
PANTANALNEWS: 
http://www.pantanalnews.com.br/contents_print.php?CID=23027 
http://www.pantanalnews.com.br/contents.php?CID=23027 
			(POSIÇÃO DE LINKS ATUALIZADA 
			SOMENTE ATÉ DIA 31/03/2009) 
			
			-------------------------------------------------------------------------------- 
			MATÉRIAS RELACIONADAS: 
			http://www.estado.com.br/editorias/2006/05/02/ger108461.xml 
			http://www.gabeira.com.br/noticias/noticia.asp?id=2299 
			http://www.gabeira.com.br/noticias/noticia.asp?id=2272 
			http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=246823&edicao=11457&anterior=1 
			
			-------------------------------------------------------------------------------- 
SITE OFICIAL DO PROJETO: 
www.portaldf.com.br/sudepan 
			PÁGINA OFICIAL NO FACEBOOK: 
			
			
			www.facebook.com/Comunidade.Ecologica.do.Pantanal 
 
			APÓS O LANÇAMENTO DA PÁGINA NO FACEBOOK, A REPERCUSSÃO DO PROJETO 
			SALTOU PARA MILHARES DE REFERÊNCIAS NA INTERNET E CONTINUA CRESCENDO 
			DIARIAMENTE, CONFIRA: 
			
			
http://www.google.com.br/search?q="Comunidade+Ecológica+do+Pantanal"&hl=pt-BR&filter=0 
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			TEXTO REVISADO EM 27/01/2013 PARA O JORNAL 
			"TRIBUNA BRAZILIANA",
			SITE OFICIAL E 
			BLOG DO AUTOR 
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